A micropigmentação é um procedimento extremamente popular e eficaz, mas para quem tem pele oleosa, ela pode apresentar desafios específicos.
Entender as características da pele oleosa e como elas afetam a micropigmentação é essencial para obter bons resultados e clientes satisfatórios.
Neste artigo, vamos abordar os principais desafios da micropigmentação em peles oleosas e como superá-los.
Do que são compostas as Peles Oleosas?
As peles oleosas são caracterizadas pela produção excessiva de sebo pelas glândulas sebáceas.
Este sebo é composto por uma mistura de ácidos graxos, esqualeno, ceras ésteres, colesterol e triglicerídeos.
Ácidos Graxos: Elementos como ácido oleico e linoleico são fundamentais para a textura oleosa e a hidratação da pele. Eles além de nutrir a pele, influenciam na estabilidade dos pigmentos utilizados na micropigmentação, tornando os resultados menos previsíveis.
Esqualeno: Um antioxidante hidrocarboneto que suaviza e protege a pele.
Ceras Esteres e Colesterol: Fortalecem a barreira cutânea, protegendo contra agressões externas.
Triglicerídeos: Gordura que lubrifica e protege a pele, mantendo a hidratação e a integridade da barreira cutânea.
Esses componentes são essenciais para manter a pele hidratada e protegida contra microorganismos patogênicos, mas também influenciam diretamente a fixação dos pigmentos usados na micropigmentação.
Porosidade e Textura da Pele Oleosa
Além disso, a pele oleosa geralmente apresenta poros mais abertos, o que acaba comprometendo a aplicação uniforme e a retenção do pigmento.
A textura menos lisa e a maior porosidade dificultam a precisão dos procedimentos de micropigmentação, especialmente aqueles que requerem detalhes finos.
Desafios de fazer Micropigmentação em Peles Oleosas
A interação entre os pigmentos e o sebo, que é rico em ácidos graxos, leva à degradação e expansão dos pigmentos.
Esses ácidos graxos funcionam como solventes orgânicos, dispersando as partículas de pigmento e, possivelmente, alterando suas cores ao modificá-las quimicamente.
Consequentemente, a textura oleosa e a alta porosidade da pele resultam em uma retenção de cor menos previsível e menos duradoura.
A pele oleosa também é tipicamente mais espessa devido à hiperatividade das glândulas sebáceas e ao processo de hiperqueratinização, que pode intensificar o espessamento da epiderme e da derme.
Essa característica torna a aplicação de técnicas de micropigmentação mais complicada, pois a pele espessa tende a liberar mais linfa durante o processo, diluindo o pigmento aplicado e potencialmente afetando o resultado final.
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Devo evitar fazer técnicas de Fios em Peles Oleosas?
Normalmente, procedimentos que criam um efeito esfumado são os mais indicados para peles oleosas, pois oferecem resultados mais consistentes.
No entanto, muitas pessoas preferem a aparência natural que a técnica Fio a Fio proporciona.
Neste caso, a Micropigmentação Fio a Fio pode ser realizada, embora a durabilidade seja menor em peles muito oleosas.
A Nanopigmentação, por sua vez, tende a desaparecer rapidamente nesse tipo de pele.
Estratégias recomendadas para Micropigmentação em Peles Oleosas
Combine Pigmentos: Optar por pigmentos híbridos, como a combinação de Óxido de Ferro Vermelho com Carbon Black, pode oferecer maior estabilidade na pele oleosa. Essa combinação é eficaz porque o Óxido de Ferro Vermelho ajuda a estabilizar o pigmento, reduzindo a dispersão do Carbon Black, que tende a se espalhar mais facilmente em peles oleosas. Saiba mais sobre mistura de pigmentos clicando aqui.
Desenhe Fios Espaçados: Aplicar fios muito próximos pode fazer com que se fundam ao longo do tempo, criando um efeito esfumado em vez de linhas definidas. Espaçar os fios ajuda a prevenir a saturação excessiva da área.
Indique um Tratamento a Laser: A terapia a laser, realizada antes e depois do procedimento, melhora a qualidade da pele e a prepara para receber o pigmento. Isso favorece uma melhor cicatrização e reduz potenciais reações, como inchaço e vermelhidão. Clique aqui e descubra como a Terapia a Laser transforma os resultados da Micropigmentação.
Realize um Peeling Enzimático antes do Procedimento: Afinar a camada superficial da pele antes de aplicar o pigmento melhora sua aderência e absorção. Além disso, essa prática ajuda a reduzir a obstrução dos poros, um problema comum em peles oleosas.
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